sexta-feira, 12 de setembro de 2008

"CLUBE DA ESQUINA 2" LÔ BORGES - ...e sonhos não envelhecem...

"Um Girassol da cor de seu Cabelo "- Lô Borges- O Beto cantava melhor que Lô Borges! rssssss

"NASCENTE" - FLÁVIO VENTURINI INTERPRETA- AUTORIA DE MILTON NASCIMENTO - esta música cantamos num coral lá no grupo!

TREM AZUL - PAULO MOSKA E LÔ BORGES INTERPRETAM - outra música que o Casa Aberta tocava muito!

"FÉ CEGA,FACA AMOLADA" MILTON NASCIMENTO - música que o Casa Aberta tocava!

GRANDE OTAVIO E SEU BLOG! (clique aqui)


Trinta e dois anos se passaram desde que Beto,Otávio,Valdemir e Gregório,dessem seus primeiros passos em direção a um fenômeno cultural que influenciou muita gente e inclusive eu!
Fico muito feliz de saber que muitos estão aí na estrada,graças àquela grande paixão que brotou naqueles anos finais dos setenta,e nos iniciais dos oitenta! mesmo ainda estarmos vivendo o
final da ditadura no Brasil,tínhamos um "Q" de transcendência! um sei lá o quê de coragem e de altivez! meio inexplicável! talvez como se estivéssemos e acredito que estávamos,acima de toda aquela baixaria pelo qual nosso povo passava! Eu sendo ligada com a questão da educação ,posso dizer que coisas vitais que as escolas nunca nos deram encontrávamos lá no Casa Aberta!
e aí meu senso anárquico diz que esta é a prova mais do que real e bem vivida de que o autoritarismo educacional não serve para nada! o que comprovamos ali no nosso grupo é que a mistura de pessoas de várias origens e culturas, foi algo de inestimável,e que nenhuma escola poderia oferecer! além é lógico de nossa força,nossa espontaneidade,nossa paixão e vontade de fazer algo que fosse significativo pra todos. Outra coisa que nos movia era a cooperação,colaboração,e o senso de alteridade com outros de fora do grupo!
Enfim o Casa Aberta marcou a alma de todos,porque estávamos numa frequência especial...
AA!! e graças!! o Tavinho continua firme e forte,hoje ouvi o CD dele e fiquei bestificada com a faixa 6 !! quem puder ouvir o CD,verá que a sensibilidade rara de Tavinho continua a nos surpreender!

abrações pra todos!
Nadia - 12/09/08

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

GREGÓRIO ENVIOU OS CONVITES DOS SHOWS DO CASA ABERTA!! (clique nas imagens para vê-las ampliadas)











O VENTO ... Ó MEU AMIGO EU QUERIA SABER,QUANTAS LÉGUAS EU TEREI DE ANDAR...


O vento


O vento venta em cada canto,
E em cada canto o vento venta diferente.
Nos diferentes cantos os ventos cantam.
Nos diferentes ventos os cantos ventam.

E o vento venta frio.
E o vento venta forte.
Nos diferentes cantos frios.
Nos diferentes cantos fortes.

"...Ó MEU AMIGO EU QUERIA SABER,QUANTAS LÉGUAS EU TEREI DE ANDAR...para encontrar,um pobre coração,que eu deixei bem longe daqui!..."
(As músicas "O VENTO" e a do amigo marcaram muito o grupo,só que esta última é a versão que sobrou em minha memória ! ...afinal era 1979...1982+_)
O grupo começou em 1976,e eu cheguei por lá em 1979,ou por aí!
Prometo colocar a letra correta aqui depois!
Se não me engano o nome da música é "Retirante".
Tem outra música que marcou também,dizia: "é preciso ter muita classe pra se andar num coletivo! muito,muito mais classe do que pra se andar num Mercedão! assumir o subdesenvolvimento!! com a cabeça no lugar!" ,acho que era quase isto!

Nadia

GRUPO CASA ABERTA!!! SAUDADES DAQUELE PRESENTE!!! (clique aqui)
















Saudades do presente!
era o que sentíamos naquela época...
tudo era tão presente,tão real,tão onírico...
forte...vivo...puro...profundo...
tudo tão nosso...tudo misturado,
os bairristas e os não...
tudo no impulso...nossas raízes.
...que pela primeira vez senti saudades do presente!

Nadia Stabile - 11/09/08

PROCURA-SE

Procura-se ex integrantes do

Grupo perdidos pelo mundo.

Qualquer informação

entrar em contato.

QUEM FEZ













Da esquerda p/direita (em pé): Mário, Lulú, Reinaldo, Denise, Tavião, Daniel, Beto, Nadia, Edna, Roger e Márcia.

Da esquerda p/direita (agachados) : Bilan, Nivaldo, Carlão, Tavinho, Gregório, Osvaldinho, Eclis e Valdemir.
Música:
Beto: Guitarra, violão, voz e vocal.
Gregório: Teclado, violão, voz e vocal.
Tavinho: Baixo, violão e vocal.
Valdemir: Bateria, percursão e vocal.
Músicos convidados em várias fases: João Carlos, Hélio, Daniel, Ecles e Carlão.
Teatro:
Direção: Roger
Representaram: Nivaldo, Márcia, Oswaldinho, Nadia, Roger e Nene.
Equipe Técnica:
Técnico de som: Bilan.
Iluminação: Tavião e Daniel.
Apoio de palco (música): Nivaldo.
Apoio figurino e cartazes: Nadia.
Cenários: Bilan.
Equipe de apoio: Reinaldo, Denise, Lalá, Pingão, Albert, Madeira e Zoraide.




quarta-feira, 10 de setembro de 2008

DISCOGRAFIA - CD CASA ABERTA

CD - Casa Aberta

1 - Grito Anônimo - 2 - Olha - 3 - Viventes

4 - Aeroplanos - 5 - Fragmento de Diamante

6 - Just Look Away - 7 - Luz da Cidade

8 - Nômades - 9 - Taquiarritimia

10 - Manoel o Audaz - 11 - A nave da Vida

12 - Correio Aéreo - 13 - Muita Paz

*********************************************

Arranjos & Produção: "Casa Aberta"

Beto: Guitarra e Voz ... Tavinho: Baixo

Valdemir: Percussão... Greg: Teclados e Vocal

DISCOGRAFIA - CASA ABERTA - PIRATA - AO VIVO















Casa Aberta - Pirata

1 -Tocador de violão- 2 -Mistério - 3 -As ondas

4 - O vento - 5 - Muita Paz - 6 - Trem Azul

7 - Trevo de 4 folhas - 8 - Existir no silêncio

9 - Luz da Cidade - 10 - Renascendo

11 - Retirante - 12 - Claro Cristal.

*******************************************

Arranjos: "Casa Aberta"

Gravação ao vivo do Show "Claro Cristal" - 1.980 - Na cidade de Atibaia - SP.

Beto: Guitarra, violão, baixo e Vocal ... Tavinho: Baixo, violão e vocal

Valdemir: Percussão e vocal... Greg: Violão e Vocal

Músico convidado: Ecles Damasceno - Guitarra

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Um Projeto chamado Casa Aberta


Eu não sei dizer em que momento nasceu o Grupo Casa Aberta.
Não sei se foi num daqueles dias, em que eu e o Beto ficávamos horas tocando violão, compondo canções simples e despretensiosas e conversando sobre música.

Não sei se foi no dia em que o Gregorio apareceu e mostrou um jeito diferente de tocar violão, através de um fantástico dedilhado repleto de harmonia e melodias criativas.

Não sei se foi em um dos encontros rápidos com o Valdemir, (ele sempre correndo para cumprir os horários de tocar com a sua banda de samba), em que ele disse: “Vocês já estão tocando direitinho, deveriam fazer um som”.

Não sei se foi quando o João Carlos apareceu com uma guitarra embaixo do braço, vestindo sua jaqueta de couro estilo James Dean e assoviando músicas do Chico Buarque.

Só sei que: Um dia o Casa Aberta começou ensaiar no velho barracão da casa da Dona Elza, com a seguinte formação: Beto (violão, guitarra e voz), Gregório (violão, teclado e vocal), Valdemir (bateria), João Carlos (Guitarra) e Tavinho (baixo).

Com a saída do João Carlos, entraram outros guitarristas. Hélio, Carlos Augusto, Éclis (convidado especial nos shows de Atibaia) e finalmente o Daniel que sempre esteve próximo desde o início.

E assim começaram surgir amigos e amigas que foram se incorporando ao trabalho do grupo. Pessoas como o Bilan que fazia o som e o Tavião que operava a iluminação.
Em certo momento o projeto Casa Aberta que era até então, apenas musical, transformando-se em um grupo músico-teatral. Chegaram Roger, Osvaldinho (Tchó), Márcia, Nivaldo, Nadia, Carlos, Nenê, Selma, Zoraide, Lourdes, Reinaldo, Denise, Albert e Lalá.

As pequenas apresentações viraram grandes shows e estivemos na estrada por dezoito maravilhosos anos. Esse foi um projeto que me orgulho muito de ter participado.

É isso ai
Beijos para todos
Tavinho


FOTOS DE SHOWS E DE BASTIDORES


















HISTÓRIA DO CASA ABERTA




Foi no término da década de setenta, que houve uma junção de pessoas comuns, as quais eram munidas apenas do anseio de criar e liberar através da arte, também a "arte de ser brasileiro". Como quase que a totalidade dos Grupos de Garagem de então, o "Grupo Casa Aberta" foi dos bares e botecos aos problemas sócio-econômicos e culturais do País e decidiu começar.

Após angariar experiências, conquistou o "seu espaço" de forma independente e fez a opção de continuar sendo tão somente um "Grupo Amador".

Assim, onde houvesse espaço para os equipamentos da Banda, para o público sentar e para um fim beneficente, o Grupo estava tocando, cantando e representando com vontade.

Inerente a estilo musical, a Banda não se ateve em momento algum a um só ritmo, ou a tendência única. Já quanto a parte teatral, através dos tempos concluíram que, a exteriorização é a melhor forma de representar a força do Grupo, visto o mesmo estar sempre alienado ao grande desejo de "criar".

Em resumo, ressaltamos que a maneira de compor do "Grupo Casa Aberta", durante todo o tempo fez uso da simplicidade - em todos os momentos, tanto assim que, a individualidade era direcionada para um fim impar, sem que jamais se enaltecesse Autores ou Compositores das Obras.

Teve ainda como destaque maior, o fato de não ter nenhum patrocínio, mantendo-se com seus próprios recursos. O Grupo Casa Aberta durante a sua existência de mais de quinze anos, se fez notar através da apresentação de vários shows, dentre os quais consideramos os mais importantes:

- "Assumir o subdesenvolvimento ";

- "Claro Cristal";

- "Acorda e bota fé naquela estrela".

Nos quinze anos de existência ,o Grupo escreveu várias músicas. Abaixo algumas letras do "Casa Aberta".




® Todos os direitos reservados

Grito anônimo


Paira sobre a minha cabeça
o modelo das coisas.
A representação do talento inventivo.
Me sinto jovem no espaço ilimitado,
em que se movem os astros.

Não faz mal ter somente
a vontade que se desfaz em fios.
Um grito anônimo.
que se eleva e se desloca
invadido de tédio e de esperança.

Não doe mais saber,
que a semente que passou de tempo,
um dia vai germinar confusa,
escondendo a luz de néon
no fundo de um caminho
subterrâneo.

Me sinto jovem
olhando as estrelas no céu.
Um grito anônimo
a luz de néon.
O talento inventivo
em que se movem os astros.

Taquiarritimia

Envolto a lua no meu passo andejo
Sigo sozinho meu compasso.
E de regresso ao abrigo um abraço.
Beijo o mundo meu espaço.
Filas e filas intermináveis,
Fios de ligação,
Fumaça na boca e um gosto de chão.

E como ser capaz de abrir a mão.
Taquiaritimias, ataques do coração.
E como viver mais, sentir tesão.
Se a noite eu me acabo
na frente da Televisão.

É gente demais,
é gente demais!
Estradas, calçadas, nas praias
É gente demais!

Toda manhã a procura de um lindo dia.
Robô sozinho dentro de um carro.
Nas ondas do rádio um amigo, um escravo.
Se acabam na noite, lacaios de um cigarro.

Metrô, pingentes,
Escadas rolantes, enchentes.
É gente na frente.
É gente atrás.
É gente demais!

Renascendo

O dia nasceu diferente esta noite.
E a noite se foi igual neste dia.
A vida bate forte e brava num tambor.
E os homens correm.
E os homens correm, correm
Atrás do imperador.

A noite se foi diferente este dia.
E o dia nasceu igual nesta noite.
Noite e dia, dia e noite.
E o tempo voa,
E o tempo voa, voa
Atrás do sonho a motor.

Vou caminhar pela noite,
E o dia sonhar.
Que o trabalho vai gratificar.
Que a criança não vai mais chorar.
É a força que tem que brotar.
A doença é que vai curar nossas vidas.

Vou me despir para a luta,
E na lua morar.
Que o trabalho vai continuar.
Que a criança tem mais que sorrir.
O adulto precisa chorar.
Dia e noite viver a sonhar.
Com a gente.

Muita Paz

De manhã você sorri.
E solta a voz cantando.
Fim da novela ao botequim .
É sonho feito por aqui.
É paz, muita paz. É paz.

Você faz, também destroi,
O trem doido que não vem.
Não tem trocado, mas constrói ,
O elevado e o amém.
É Deus, meu irmão.
É paz, muita paz.

É madrugada, vai dormir .
E vem a fada no jardim.
Jogando flores, só jasmins.
E de manhã você sorri.
É paz, muita paz. É paz.

Claro cristal

Muito mais vivo que qualquer jardim.
E mais a vontade que numa cidade.
E disfarçado debaixo do sol.
Um arco-íris refletiu.
Mesmo o brilhante deixou de existir.
Uma aventura imaginei.
Claro cristal prá você ter.
Pode guardar.
Rara beleza retoma o cristal.
A água que cai, despertei outra vez.
Cada segundo, minuto passou.
E me esqueceu sem te acordar.
E o brilhante voltou a existir.
Uma aventura imaginei.
Claro cristal prá você ter.
Pode guardar.

Trevo de quatro folhas

Suporta o fogo do desejo,
E encontra as quatro folhas do trevo da paixão.
Acorda e bota fé naquela estrela.
Que ela te ajuda a navegar no velho barco.
Mesmo onde não existe mar.

O que cresceu dentro do peito,
Pode estar navegando em águas de outro lugar.
Ou na marola da manhã.

Deixa o barco navegar,
Que na tormenta ele tenta até se reencontrar.
Na calmaria do dia.

O barco é a força do desejo.
É o segredo que navega,
E sabe que um dia vai voltar.
A viagem não pode parar
Olha morena! Tú me ensina fazer renda,
Que eu te ensino a navegar.... no mar.

O vento

O vento venta em cada canto,
E em cada canto o vento venta diferente.
Nos diferentes cantos os ventos cantam.
Nos diferentes ventos os cantos ventam.

E o vento venta frio.
E o vento venta forte.
Nos diferentes cantos frios.
Nos diferentes cantos fortes.

Luz da Cidade

Olha a luz da cidade.
Olha a treva dos jovens.
Eles caminham de óculos de sol.
Sem saber que dia é manhã.

Sinto pena do tempo.
Feito uso diário.
Os dias passam e sem saber,
Qual o motivo de sonhar e viver.
Viver e sonhar.

Mas se você não gritar.
Ninguém vai te escutar.
Nosso sonho tem que se unir,
Feito crianças brincando no chão.

Se você não gritar,
A luz vai apagar
Só depois é que vamos saber,
Se a infância não foi ilusão.

Existir no silêncio


Desprender o corpo nessa mansidão.
É ver o nosso rosto e ter a impressão.
Que o manto do silêncio acaba de falar.
Pela clareira da estrada,
Na noite viajam seus sonhos.
E nos olhos, a luz do sol brilha,
Feito feto que nasce de dia.
Que chora um choro alegre,
Tem na boca um sopro de vida.

É ver o nosso rosto e ter a impressão.
Que a fala feliz da poesia descobriu a emoção.
Sonhos que esperam espaço,
Passam velozes por dentro.
E a gente viaja depressa,
No melhor sempre tem de acordar.
Nossa mãe nos chama prá vida,
E a gente vai trabalhar.

É ver o nosso rosto e ter a impressão.
Que da noite pro dia um filho pode nascer.
É ver o nosso rosto e ter a impressão.
Que o manto do silêncio acaba de falar.

Mistério

A chegada era sempre um mistério.
O que ela tem prá contar.
É o trabalho, a inspiração, o luar.
O trabalho, a inspiração, o luar.

Era gostoso sentir você num abraço sincero.
E depois sair, sair, me ouvir, me ouvir.
O que eu tenho prá contar.
O que eu tenho prá contar;
É o poema, a canção, o vulgar.

Cada passo um tropeço, e analisar.
Qual dos dois ama mais?
O poeta que canta ou a musa que chora?
Qual dos dois sofre mais?
O poeta que ainda canta ou a musa que ignora?

® Todos os direitos reservados